Até hoje a seca no sertão nordestino é um assunto muito discutido, assim como a vida das pessoas que passam por isso e o descaso do governo brasileiro. Podemos observar esses assuntos se interligando em “Vidas Secas”, “Morte e Vida Severina”, “Capitães de Areia” e “Operário em Construção”.
O vídeo “Morte e Vida Severina” mostra a realidade de um sertanejo, que vive condicionado a seca, sem ter nenhuma perspectiva de vida nesse lugar. Como acontece na realidade e no vídeo, muitas pessoas saem do sertão fugindo da seca para tentar uma vida com mais oportunidades nas cidades, onde eles buscam o essencial para sua sobrevivência, já que o básico lhes falta no sertão.
É possível observar a realidade que o sertanejo vive, a fome, “morremos de morte igual, mesma morte severina; de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida).” (NETO, João Cabral de Melo, Morte e Vida Severina). Outro ponto que podemos colocar em questão é o descaso que o governo tem com essas pessoas. Eles tem uma vida sofrida, simples, mais não por isso tem de ser tratados de forma diferentes e deixar de receber o essencial para sua sobrevivência. Existem leis que mostram isso, mais nem sempre são respeitadas ou mesmo cumpridas pelos que mais tem dever disso, o governo! De que adianta estar escrito na Constituição : “Art. 6º São direitos sociais... a alimentação, o trabalho, a moradia.” (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.)
O sertanejo vive em condições tão precárias que ele é muitas vezes comparado a um animal, o que podemos observar no poema de Manuel Bandeira:
O Bicho
“Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida ente os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.”
Em “Capitães da Areia” vemos a vida sofrida como em “Morte e Vida Severina”. Em ambas as obras as pessoas tem que sobreviver da maneira possível para quem está em tais situações.
Em “Operário em Construção” há a esperança de que as coisas podem melhorar assim como em “Morte e Vida Severina”.
Cássia, Lyssa e Sarah
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