Letícia, Bruna e Camila
Do rural ao urbano
Quando comparamos o mundo urbana e rural,percebemos claramente a desigualdade social que elas apresentam.
Uma questão aparentemente simples não é?...errado,pois quando paramos para analisar,vemos que não se trata apenas da qualidade de vida,ambiente,condições climáticas etc mas sim de OPORTUNIDADES no mundo capitalista.
Quando assistimos” MORTE E VIDA SEVERINA”,percebemos claramente essa jornada,de um homem do sertão nordestino,a procura de uma oportunidade de trabalho a caminho do Recife(Pois o trabalho é o que dignifica o homem).Mas durante essa jornada ele percebe que não é fácil assim. A vida dessa gente severina é, portanto, sofrida, tão fraca que o tronco não tem força nem para segurar a cabeça grande, ou a barriga d’água segurada pelas pernas finas, e o sangue que usam tem pouca tinta. Aí está apresentada, além das características físicas, a personalidade desse Severino. Quando se refere ao sangue sendo usado, parece indicar que é um sangue diferente do das demais pessoas, um sangue encontrado apenas entre os Severinos, um sangue que tem pouca tinta justamente porque seu nome é Severino, porque sua vida é Severina. E a morte, logo a seguir, também é severina: uma morte certa, esperada, que pode chegar a qualquer momento. Até as habilidades de cada um desses severinos são as mesmas. O que sabem fazer é trabalhar na terra, é tentar arrancar algum pedaço de vida duma terra seca que não é amiga. O final da primeira parte (Mas, para que me conheçam / melhor Vossas Senhorias / e melhor possam seguir / a história de minha vida / ...) parece indicar que a vida desse Severino está começando naquele momento em que decide migrar em direção ao Recife, na esperança de encontrar melhores condições de vida. Mas o que acabará encontrando não
Uma questão aparentemente simples não é?...errado,pois quando paramos para analisar,vemos que não se trata apenas da qualidade de vida,ambiente,condições climáticas etc mas sim de OPORTUNIDADES no mundo capitalista.
Quando assistimos” MORTE E VIDA SEVERINA”,percebemos claramente essa jornada,de um homem do sertão nordestino,a procura de uma oportunidade de trabalho a caminho do Recife(Pois o trabalho é o que dignifica o homem).Mas durante essa jornada ele percebe que não é fácil assim. A vida dessa gente severina é, portanto, sofrida, tão fraca que o tronco não tem força nem para segurar a cabeça grande, ou a barriga d’água segurada pelas pernas finas, e o sangue que usam tem pouca tinta. Aí está apresentada, além das características físicas, a personalidade desse Severino. Quando se refere ao sangue sendo usado, parece indicar que é um sangue diferente do das demais pessoas, um sangue encontrado apenas entre os Severinos, um sangue que tem pouca tinta justamente porque seu nome é Severino, porque sua vida é Severina. E a morte, logo a seguir, também é severina: uma morte certa, esperada, que pode chegar a qualquer momento. Até as habilidades de cada um desses severinos são as mesmas. O que sabem fazer é trabalhar na terra, é tentar arrancar algum pedaço de vida duma terra seca que não é amiga. O final da primeira parte (Mas, para que me conheçam / melhor Vossas Senhorias / e melhor possam seguir / a história de minha vida / ...) parece indicar que a vida desse Severino está começando naquele momento em que decide migrar em direção ao Recife, na esperança de encontrar melhores condições de vida. Mas o que acabará encontrando não
é animador...
Depois quando analisamos o título,percebemos que o autor coloca”Morte”em primeiro lugar no titulo ,justamente para mostrar aos leitores que a vida no nordeste não é bem uma “vida”,mais sim uma morte gradativa(sendo que a personagem Severino diz : ...” que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta,de emboscada antes dos vinte,de fome um pouco por dia”,com isso percebemos a dificuldade do trabalhador nordestino),pois por onde ele passava ele encontrava mortes,velórios,mortes,mortes e mais mortes,até que ele chega no Recife onde a personagem encontra boas condições para prosseguir sua vida em busca de um trabalho,daí a continuação do titulo “Vida” onde trata-se de uma melhora na sua qualidade de vida. Já, em “Vidas Secas” de Graciliano Ramos também percebe-se, com clareza, a idéia da sina, do suposto destino inalterável do sertanejo – Fabiano, personagem de Vidas Secas, de Graciliano Ramos repete ao longo de todo o texto que sabe qual é “seu lugar”, que sabe que nasceu “para servir os outros”, sem que seu destino possa ser mudado.
Tudo isso trata-se da tal desigualdade social,uma solução para isso,que a população do campo encontra,é justamente a migração do campo<->cidade,mas nem sempre isso é a melhor solução.
Pois quando esse povo vem para as grandes cidades a procura de uma melhora na qualidade de vida e não tem idéia dos problemas que os aguardam por aqui.
As pessoas que não se adapta a nova rotina e não tem onde morar,em 75% das vezes acabam virando moradores de rua ou se acomodando em novas formações de favelas ao redor das grandes cidades.
Mais um problema que o Brasil enfrenta.Pois se essas pessoas não tem condições de vida,elas acabam indo para o lado “sombrio” da vida,a vida no crime,tendo em vista que essa será a ultima opção para que essas pessoas encontram para sobreviver.
E com essa nova perspectiva de vida,a população aumenta e o índice de violência,corrupção,entre outros também.Com isso essas pessoas menos favorecidas que nós,pensa o seguinte:Porque eles tem e a gente não?...isso sempre gerando curiosidade e interesses em tais migrantes fazendo com que a pratica de roubos(Furtos)continuem.
Agora nada disso estaria acontecendo se o pais oferecesse condições de trabalho a todos os moradores em que nele vive.
Desse jeito sim,tudo daria certo a todos!E do rural ao Urbano a única diferença só seria apenas as paisagens naturais.E por fim uma pequena correção da famosa frase de Euclides da Cunha citada no livro”Os Sertões”, quando ele diz que todo sertanejo é forte além de tudo,sabemos que não é apenas os sertanejos,mais sim todos aqueles que tem coragem de enfrentar suas dificuldades e quebras todas as barreiras da vida.
Bruno Nogueira, Bruno Molina e Gustavo
Pois quando esse povo vem para as grandes cidades a procura de uma melhora na qualidade de vida e não tem idéia dos problemas que os aguardam por aqui.
As pessoas que não se adapta a nova rotina e não tem onde morar,em 75% das vezes acabam virando moradores de rua ou se acomodando em novas formações de favelas ao redor das grandes cidades.
Mais um problema que o Brasil enfrenta.Pois se essas pessoas não tem condições de vida,elas acabam indo para o lado “sombrio” da vida,a vida no crime,tendo em vista que essa será a ultima opção para que essas pessoas encontram para sobreviver.
E com essa nova perspectiva de vida,a população aumenta e o índice de violência,corrupção,entre outros também.Com isso essas pessoas menos favorecidas que nós,pensa o seguinte:Porque eles tem e a gente não?...isso sempre gerando curiosidade e interesses em tais migrantes fazendo com que a pratica de roubos(Furtos)continuem.
Agora nada disso estaria acontecendo se o pais oferecesse condições de trabalho a todos os moradores em que nele vive.
Desse jeito sim,tudo daria certo a todos!E do rural ao Urbano a única diferença só seria apenas as paisagens naturais.E por fim uma pequena correção da famosa frase de Euclides da Cunha citada no livro”Os Sertões”, quando ele diz que todo sertanejo é forte além de tudo,sabemos que não é apenas os sertanejos,mais sim todos aqueles que tem coragem de enfrentar suas dificuldades e quebras todas as barreiras da vida.
Conurbação no Brasil: a formação de metrópoles e megalópoles
A formação das metrópoles estão ligadas ao processo da conurbação. Esse processo está relacionado à união física das cidades, ao crescimento da malha urbana e a união das infraestruturas das mesmas. Esse crescimento se dá a parir de um núcleo principal, como por exemplo, a cidade de São Paulo , onde outras cidades ao seu redor, como Guarulhos, São Caetano, Santo André, São Bernardo e Diadema se unem a este núcleo formando a metrópole da Grande São Paulo. Com o processo da conurbação os limites ente uma cidade e outra se tornam pouco claros, o que obriga os governos a tomarem decisões conjuntamente.
São Paulo e Rio de Janeiro podem ser consideradas uma megalópole em formação, ou seja, essas duas metrópoles estão se unindo e formando uma megalópole. Isso se deve ao crescimento da população e à integração dessas duas metrópoles que são pólos econômicos principais no Brasil, podendo destacar suas influencias sobre os outros estados do país.
Transporte Público: circulam no corredor de ônibus São Mateus - Jabaquara, passando por Sampa, Santo André Leste, Santo André Oeste, São Bernardo e Diadema. Exemplo claro de conurbação.
A Precariedade das moradias nos grandes centros urbanos
A falta de moradia e empregos é um problema que atinge não só os grandes centros urbanos, como também as periferias.
Este problema teve seu inicio, parcialmente, no ano de 1904 quando houve a chamada “revolta da Vacina” ou simplesmente a “Epidemia de Varíola” no estado do Rio de Janeiro, onde as pessoas eram expulsas de suas casas – estas queimadas posteriormente para evitar que se alastrasse ainda mais a doença - e este enviado a sanatórios. Quando, por raras vezes, saiam de lá, o indivíduo não possuía mais moradia e tinha de se alojar nas periferias e morros. Outras greves operárias e revoltas fizeram também com que pessoas optassem por ocupar os morros, dando início as primeiras favelas.
Em consequência disso, o crescimento demográfico somente cresceu, fazendo com o os problemas de ocupação de espaço só se agravassem. As migrações de outros lugares tais como: nordestinos em busca de trabalho ou Imigrantes em busca de oportunidades fizeram com que esses que não conseguiram ocupar o seu espaço na sociedade a sua oportunidade, foram logicamente, alojarem-se nas já dispostas favelas.
Outra parte desse problema teve seu início quando os escravos foram libertos e não tinham para onde ir, uns optaram por permanecer por pequenas recompensas (como alimento e moradia) na casa de seus senhores e outros foram forçados a ocupar áreas sem nenhuma infra-estrutura, dando à origem as favelas.
A pobreza alimentada pelo descaso do governo é também decorrente de tais fatos históricos, além da falta de oportunidade e ensino que não são dados a essa grande parcela da população. A falta de informação leva a problemas sociais e familiares, onde são altas as taxas de natalidade e pouco se faz no sentido da prevenção de doenças. Essa parcela da população, sem estudo, limita-se a pão e água. “Sobrevivência”.
Essa defasagem de conhecimentos leva menores às drogas e prostituição, a tirada brusca da infância que dá origem a uma nova geração que cometerá os mesmos erros e serão estes, os mesmos futuros pobres. O preconceito das pessoas de “alta classe” leva a marginalização destes, esta por sua vez dividida em 3 partes. Os pobres, os negros e os que mais sofrem com a descriminação, os negros e pobres. Essas pessoas ocupam empregos menos remunerados pela sua localização na sociedade e pela falta de especialização ou até mesmo término de estudos.
Podemos destacar dois problemas, sempre presentes nos noticiários, quando o assunto é a falta de infra-estrutura urbana no que concerne às moradias: deslizamento de encostas(Rio de Janeiro) e também as constantes enchentes que acabam com moradias não só da parte pobre da população (São Paulo).
Favela do Morumbi - São Paulo
Rio de Janeiro: falta de infra-estrutura e saneamento básico
Segregação Espacial
Letícia, Bruna e Camila
Infra estrutura urbana: problema do trênsito nas grandes cidades
Atualmente é comum ver notícias em jornais, revistas e telejornais a respeito do excesso de veículos nas ruas e avenidas, além das más condições do transporte público. A situação do trânsito na Grande São Paulo é insustentável. A cidade está entupida, trabalhadores demoram até quatro horas apenas no caminho de casa para o trabalho e vice-versa, centenas de quilômetros de congestionamento é cena cotidiana da cidade, e não apenas em dias de chuvas e alagamento.
Tatuapé, São Paulo (22/09/2010) às18:37
A situação insustentável não é apenas no congestionamento de carros, mas também a aglomeração de pessoas em busca de um transporte público como forma de alternativa, optar pelo transporte coletivo, que ajuda a reduzir o número de veículos nas ruas e avenidas e além do mais é uma opção de baixo custo, utilizada por muitos trabalhadores e estudantes. O problema é que metrôs, ônibus, lotações e trens, responsáveis por este tipo de transporte não dão conta de toda a população. Utilizar o metrô ou o trem em horários de pico são péssimas experiências que as pessoas que os utilizam passam diariamente. Trechos extraídos do site http://noticias.terra.com.br, mostram os problemas e a falta de infraestrutura quanto ao transporte.
“Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o problema na Linha 3-Vermelha do Metrô provocou lentidão em algumas vias próximas às estações afetadas, em função do excesso de veículos. Às 11h28, o maior trecho com lentidão era registrado na Radial Leste, sentido centro, nos 6,5 km entre as avenidas Bernardino Brito Fonseca de Carvalho e a Pires do Rio.”
“No sentido inverso da Radial Leste, entre a Avenida Pires do Rio e a Rua Wandenkolk, o motorista enfrentava lentidão de 4,5 km . O caos no Metrô teve reflexos também na Marginal Tietê, onde a CET registrava 3 km na pista expressa, sentido Castelo Branco, entre o Hospital Vila Maria e a ponte Jânio Quadros.”
A situação piora nos chamados horários de pico, de manhã das 07:00 às 09:00 e no período da noite 18:00 às 20:00, mas em todas os horários dos dias de semana o trânsito e o acúmulo de pessoas existe, até nos finais de semana também ocorre, é claro com menor intensidade.
Tatuapé, São Paulo (22/09/2010) às18:30
Tatuapé, São Paulo (22/09/2010) às18:35
As explicações possíveis relativas a este fato de “situação insustentável quanto aos meios de transporte” e a dificuldade de locomoção para chegar ao seu destino, podem ser inúmeras.
Uma das explicações está no fato da população de São Paulo ser numerosa, cerca de 10.886.518 habitantes,de acordo com o IBGE, mas este grande número se deve a migração dos estados mais pobres do Brasil (geralmente região nordeste) para São Paulo, a fim de buscar oportunidades, já que em sua “terra” não há investimentos por parte do governo, causando lotações.
São Paulo é uma cidade, onde não houve o planejamento urbano, então acontece o que chamamos de “cidades inchadas”, o governo passa a criar soluções tais como: alargar ruas e avenidas, como marginal do Tietê, criar viadutos que facilite o trânsito, criar mais estações de trem, rodízios, além de campanhas como “carona solidária”, “dia mundial sem carro”, segundo notícias do jornal do Estado de São Paulo (22 de setembro de 2010 | 18h 18) “No Dia Mundial Sem Carro”, os paulistanos enfrentavam 90 quilômetros de congestionamento por volta das 18 horas desta quarta-feira, 22. O índice representa 10,2% dos 868 quilômetros monitorados pela Companhia de Engenharia de Tráfego e está dentro da média para os horários. Estas medidas são ineficazes, pois são momentâneas.
O incentivo para a compra de carro está cada vez maior, pois há facilidades na compra do automóvel, atualmente todos podem comprar carros. O que acaba causando é cada vez mais pessoas comprarem carros provocando acúmulo de veículos nas ruas de São Paulo
Penha, São Paulo (19/09/2010) às10:00
Um estudo publicado na Folha de São Paulo mostrou a relação entre veículos e a quantidade de pessoas de determinadas cidades. Em São PauloSão Paulo (SP): 41,2 carros a cada 100 habitantes. (22 Julho de 2010).
Infelizmente o governo não libera altos valores em dinheiro para o investimento na área do transporte coletivo, tendendo a ficar cada vez mais precário, cada vez mais difícil e insuportável se locomover, obrigando as pessoas usarem seus carros, causando o indiscutível trânsito.
Adriana, Pâmela e Jéssica R.
Vida Severina, vida do tráfico.
A vida severina, se baseia na vida comum e simples de todo Severino, ou seja, que morre antes dos 30, de velhice, antes dos 20, por emboscada, e de fome, um pouco a cada dia.Essa é vida severina, que pode ser relacionada com a vida de hoje em dia em certos aspectos.
Um desses aspectos em que se pode relacionar a vida severina nos tempos de hoje em dia, é em relação ao tráfico, na minha opinião, pois é uma vida que as próprias pessoas que entram nessa vida sabem que vão morrer logo, mais é a única alternativa que eles tem, pois não tem chances de ter oportunidades melhores e até pelo falo de estar convivendo com o trafico ou não possuir condições para manter a sí e a sua família de forma digna. Essa vida do tráfico, pras pessoas que entram é a alternativa de conseguir acesso a renda, e de ter respeito na comunidade onde mora. Relaciona-se, assim, com a vida severina no aspecto de estar ciente de que nessa vida a morte faz parte do dia – dia, e que cada dia que passa é um risco diferente. Nunca pode se ter certeza de nada nesses 2 tipos de vida, tanto na vida severina, vista no vídeo, como na vida do tráfico, de hoje em dia.
Um exemplo que comprova essa comparação, e no documentário “falcão, meninos do tráfico”, onde crianças falam da realidade de onde moram, da facilidade em poder ter uma vida com dinheiro e respeito entrando na vida do tráfico, também se relacionando a vida severina onde a pessoa não tem escolha de ter uma vida melhor, é a realidade dela esse tipo de vida, dificilmente conseguindo sair dela.
O sertanejo, a literatura e a migração (2)
A rotina no sertão é esperar a chuva, aguardada em janeiro. Porém nesse longo intervalo de tempo, o dia-a-dia dos sertanejos se resume em problemas obtidos devido ao sofrimento imposto pela região de dura vivencia as quais moram. Pois o mesmo tem sua morte iminente, e a falta de outros recursos como a água e a comida, exigem todo o esforço de uma vida em busca da sobrevivência, que nem sempre é realmente apta.
Essa triste realidade vivida pelos sertanejos há muito tempo, somada ao descaso do governo em relação a esses problemas que só agravam-se, é um tema definitivamente não abordado com a seriedade que deveria, não tendo ao menos a preocupação de compreensão das condições precárias que esse povo encontra-se, os quais não possuem ao menos o direito do necessário para a sobrevivência de qualquer ser humano.
Escritores e produtores de documentários e vídeos produzidos referentes a esse retratos Inumanos no sertão fazem através da arte esta tristeza tornar-se obras reconhecidas e conceituadas, como Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto. A obra tem como enredo a ‘morte’ de um Severino, lavrador, habitante do sertão Pernambucano, fugindo da seca em busca de trabalho na capital, que o proporcione decorrentemente a ‘vida’. Como cita NETO, João Cabral de Melo: “E somos todos Severinos/Iguais em tudo na vida/Morremos de morte igual/Mesma morte Severina: Que é a morte de que se morre/De velhice antes dos trinta/De emboscada antes dos vinte/De fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte Severina/Ataca em qualquer idade/E até gente não nascida).”; a morte esta impregnada durante a trilha do sertanejo, entre o sertão e a cidade, encontrando apenas fome, miséria e montes de Severinos como ele.
Há também livros que conseguem captar bem os fragmentos nordestinos como Vidas Secas de Graciliano Ramos. Que é um fiel retrato da realidade de famílias brasileiras que sofrem com injustiça social, miséria, fome, desigualdade, seca, o que nos remete a idéia de que o homem se animalizou sob condições extremamente difíceis de sobrevivência, como mostra a passagem da obra em que a Fabiano resolve matar o papagaio da família para não morrerem de fome; RAMOS, Graciliano: "Resolvera de supetão aproveitá-lo (papagaio) como alimento..."
Mas ainda sim, forte como de nascimento, vem para ser aquilo que exprime o que o povo brasileiro realmente é: Um adaptado. Quando falta algo, encontra-se uma saída temporária, mas nunca definitiva; A saída daquele sertão judiado, esquecido, que vê na cidade, uma solução para a sua vida.
Poucos são aqueles capazes de sair e encontrar uma oportunidade. Mas menos ainda, são aqueles que sobrevivem em uma região até então desconhecida, a qual de longe parecia tão abastada de empregos e repleta de oportunidades. Uma solução de fato. Encontra-se a saída daquele sertão judiado, esquecido e vê na “cidade grande” uma solução para a sua vida. Poucos são aqueles capazes de sair e encontrar uma oportunidade. Mas menos ainda, são aqueles que sobrevivem na cidade que de longe parecia tão abastada de empregos e repleta de oportunidades
Chegando a esse clamado “sonho”, os Severinos passam a viver sobre o incerto. Como pesadelos. Continuando sem água, comida e trabalho. Alojando-se nos submundos desse paraíso. Tornando-se “Capitães de Areia”, meninos de rua, desabrigados, traficantes, assaltantes, indigentes. Uma realidade não tão distante da vivida, porém muito diferente da esperada, devido a desigualdade imposta por uma sociedade preconceituosa que não possua porte para sustentar tantos problemas considerados flagelados.
Mas ainda sim, com a esperança sempre Severina de ver tudo mudar e ainda mais, de voltar para a sua terra onde deixou seu coração.
“A humilhação de um homem não é estar exilado fora de seu país, e sim dentro de seu próprio país pelo seu governo... Onde ao invés do direito do cidadão você é apenas um habitante [...] Os poderoso souberam cortar flores, contudo não serão capazes de impedir a primavera” (“Sofrimento e Esperança no Exílio” SCHWANTES, Milton. Pag.10).
Bruna, Letícia e Camila
Cidade e campo
A expansão urbana, é um fato recente, que não deve ser atrelado à industrialização, como é feito de consenso. Os principais fatores que levaram grande parte da população do campo se mover para a cidade são:
1. As melhores condições de vida na cidade.
2. A redução da demanda por mão de obra no campo.
As cidades começaram a oferecer melhorias na qualidade de vida, entre tais melhorias, pode ser citado o acesso à infra-estrutura, saneamento básico, escolas, hospitais etc.
O emprego era mais “planejado” se dividia em “indústria” “serviços do setor terciário” e “comércio” a cidade tinha um planejamento e aos poucos foi deixando de ser sede das indústrias. Esta linha de desenvolvimento é aplicável aos países ricos, pois nos países pobres, as cidades cresceram sem planejamento algum, o que gera o conceito de “a cidade incha”, pois o crescimento populacional, não acompanha o crescimento dos empregos.
Arthur, Gabriela, Jéssica
Os diferentes tipos de agricultura e o contexto brasileiro
Agricultura extensiva
É a agricultura praticada em grandes extensões de terra, em geral com baixos investimentos em tecnologia e nenhuma especialização, portanto uma baixa produtividade por área. Esta opõe-se à agricultura intensiva. Maioritariamente praticada nos países em desenvolvimento.
Características da agricultura extensiva:
Evita a exaustão de nutrientes do solo;
Controlo natural de pragas;
Baixa produtividade;
Na produção pecuária os animais pastam numa área extensa.
A agricultura itinerante
Esse tipo de sistema agrícola é aplicado em regiões onde a agricultura é descapitalizada. A produção é obtida em pequenas e medias propriedades ou em parcelas de grande latifúndio, com utilizações de mão-de-obra familiar e técnicas tradicionais. Por falta de recursos, não há preocupação com a conservação do solo, as sementes são de qualidade inferior e não há investimentos em fertilizantes, por isso, a rentabilidade e, as produções são baixas. Depois de alguns anos de cultivo, há uma diminuição da fertilidade natural do solo. Quando percebem que o rendimento está diminuindo, a família desmata uma área próxima e pratica queimada para acelerar o plantio, dando inicio a degradação acelerada de uma nova área, que em breve também será abandonada. Daí o nome da agricultura itinerante.
Em algumas regiões do planeta, a agricultura de subsistência, itinerante e roça, está voltadas as necessidades de consumo alimentar dos próprios agricultores. Tal realidade ainda existe em boa parte dos países africanos, em regiões do Sul e Sudeste Asiáticos e na América Latina, mas tem prevalecido hoje é uma agricultura de subsistência voltada ao comercio urbano.
O agricultor e sua família cultivam um produto que será vendido na cidade mais próxima, mas o dinheiro que recebem só será suficiente para garantir a subsistência de cultivo e aumentar a produtividade.
Esse tipo de agricultura é comum em áreas distantes dos centros urbanos, onde a terra é mais barata; predominam as pequenas propriedades, cultivadas em parceria
Agricultura de jardinagem
Essa expressão tem origem no Sul e no Sudeste da Ásia, onde há uma enorme produção de arroz em planícies inundáveis, com a utilização de mão-de-obra.
Tal como a agricultura de subsistência, esse sistema é praticado em pequenas e medias propriedades cultivadas pelo dono da terra e sua família. A diferença é que nelas se obtém alta produtividade, através do selecionamento de sementes, da utilização de fertilizantes e de técnicas de preservação do solo que permitem a fixação da família na propriedade por tempo indeterminado. Em países como as Filipinas, a Tailândia, devido a elevada densidade demográfica, as famílias obtém áreas muitas vezes inferiores a um hectare e as condições de vida são bem precárias.
Agricultura intensiva
Sistema de cultivo agrícola que ocorre em áreas que apresentam alto custo da terra, ou seja, a exploração desses terrenos tem e que se baseia na aplicação intensiva de trabalho, capital e tecnologia, no sentido de obter alta produtividade e maior rentabilidade do solo. Este tipo de agricultura esgota os solos que se tornam pobres.
Conduz ao aparecimento de pragas;
Rápida propagação de doenças;
Requer um intenso uso de agro químico;
Reduz a fertilidade e a capacidade produtiva do solo;
Elevada produtividade;
Na produção pecuária os animais estão confinados a um espaço fechado e são alimentados à base de rações;
Maior produtividade momentânea.
O Contexto Brasileiro
No Brasil, verificou-se, até fins dos anos 80, um enorme crescimento da área cultivadas com produtos agroindustriais de exportação em detrimento de cultivos voltados ao abastecimento interno. Atualmente, produtos do mercado interno apresentam grande aumento de produção. Isso se explica pela pratica da associação de culturas em grandes propriedades.Em algumas áreas do país, sobretudo no interior do estado de São Paulo e na região Sul, houve um grande fortalecimento da produção agroindustrial e da organização sindical que, de forma geral, melhorou a vida da população, tanto rural quanto urbana.
Norte e Nordeste não acompanham o ritmo de modernização e organização sindical do Centro-Sul por razões históricas, como o amplo predomínio de latifúndios e a falta de investimentos estatais em obras de infra-estrutura.
A outra faceta da modernização das técnicas é a valorização e conseqüente concentração de terras, a plena subordinação da agropecuária ao capital industrial, além da intensificação do êxodo rural em condições precárias.
Os pequenos agricultores se vêem obrigados a recorrer a empréstimos bancários para se capitalizar e ter condições de cultivar a terra dentro dos padrões exigidos. É comum, depois de acumular dividas por alguns anos seguidos, serem obrigados a vender seu pedaço de terra, que ficou penhorado no banco quando contraiu o empréstimo, para evitar a quitação da divida através de leilão
Fernando, Fellipe e Gustavo
A Desigualdade Social
Atualmente é comum perceber a desigualdade social, quanto à distribuição de terras e de oportunidades. A má distribuição de terras e de oportunidades vem desde a colonização do Brasil, pois os portugueses não queriam desenvolver a colônia, mas sim retirar riquezas da mesma, o que gerou a miséria em muitos locais no Brasil. Foi a partir séc XIX, quando houve a abolição da escravatura que podemos afirmar que a desigualdade aumentou, pois os negros eram descriminados, não arranjariam empregos e nem lugares de qualidade para morarem. As soluções mais convenientes seriam se abrigar ou nas fazendas de seus senhores ou então em encostas e morros, construindo a sua própria casa, as chamada favelas ou cortiços.
Na obra “O Cortiço” de AZEVEDO, Aluísio, que viveu entre 1857 e 1913, marca o naturalismo brasileiro, era uma época de profundas modificações, como a abolição da escravidão e a instalação da república. Em sua obra fara uma crítica às classes menos favorecidas e a marginalização da sociedade, mostrando a cruel e crua realidade e a falta de oportunidades para às mesmas. A Obra passa no Rio de Janeiro.
Em um dos trechos do livro diz: “Daí a pouco, em volta das bicas era um zum-zum crescente; uma aglomeração de machos e fêmeas. Uns, após os outros, lavavam a cara incomodamente, debaixo de um fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos [...] As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali, mesmo no capinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no recanto das hortas.” Cap. III, pág. 38.
No livro é possível identificar aspectos quanto à exploração do trabalho e a condição de trabalho que certos moradores submetiam para sobreviver, além de alguns moradores do cortiço ser manipulados. É importante destacar o preconceito da classe mais alta em relação à classe mais baixa. “À noite e aos domingos ainda mais recrudescia o seu azedume, quando ele, recolhendo-se fatigado do serviço [...] e ouvia a contragosto o grosseiro rumor que vinha da estalagem numa exalação forte de animais cansados.” Cap. II, pág. 29.
Anos mais tarde por volta dos anos 30, surge a 2º Fase do Modernismo no Brasil, cuja função do modernismo era chocar a população sobre a vida e as condições de sobrevivência miseráveis que ainda havia. A 2º fase do Modernismo irá abordar problemas sociais, das pessoas que nunca tiveram oportunidade de falar o que pensam, são os sertanejos e os nordestinos, relatando o descaso aos mesmos.
RAMOS, Graciliano, que viveu entre 1852 e 1953, irá abordar em seu livro “Vidas Secas”, a história de uma família de retirantes pobres, que lutavam por trabalho e condição de vida melhor, onde no final acabam indo para a cidade em busca de melhores condições, combatendo dia a dia a seca que predominava no nordeste. Em sua obra predomina a simplicidade das personagens e também a brutalidade e a falta da fala entre os personagens da obra. Mostrará a vida seca, seca sem esperança e melhora de vida.
É uma crítica, cujo objetivo de RAMOS é chocar, a fim de perceberem que aquelas pessoas podiam ser iguais como quaisquer outras.
Em um dos trechos de seu livro diz: “A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos. - Anda excomungado. O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça.” Cap. I, (Mudança), págs. 9 e 10.
“Sinhá Vitória percebeu-lhe a inquietação na cara torturada e levantou-se também, acordou os filhos, arrumou os picuás. [...] Fabiano achou-se leve, pisou rijo e encaminhou-se ao bebedouro. Chegariam lá antes da noite, beberiam, descansariam, continuariam a viagem com o luar. [...] Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nela. E o sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, Sinhá Vitória e os dois meninos.” Cap. XIII (Fuga), págs. 125 e 126.
Algo muito que se assemelha ao livro de RAMOS e o poema “Morte e Vida Severina”, criado por MELO NETO, João Cabral de, publicado em 1966, porém escrito entre 1954 e 1955, o poema de MELO NETO mostra a dura e crua realidade de um retirante que busca emprego e uma vida melhor, que não haja seca e não passe fome como em Pernambuco. Em sua trajetória encontra corpos de mortos sendo carregados, que segundo o poema era melhor morrer do que ter aquela vida sofrível e miserável. Sua trajetória vai até Recife, chegando lá continua vendo mortes, a partir desse momento não quer mais viver, mas sabia que aquela era sua missão e tinha que aproveitar a vida, pois ela é muito curta, ainda mais para um Severino e que a vida havia momentos bons.
Em um dos trechos da poesia de MELO Neto, relata a vida dura que se havia. “E se somos Severinos/ iguais em tudo na vida, /morremos de morte igual,/mesma morte severina: /que é a morte de que se morre/ de velhice antes dos trinta,/ de emboscada antes dos vinte/ de fome um pouco por dia/ (de fraqueza e de doença/ é que a morte/ severina / ataca em qualquer idade,/e até gente não nascida).”
AZEVEDO, Aluísio/ RAMOS, Graciliano/ MELO NETO, João Cabral de não foram os únicos relatarem da desigualdade social crescente que vinha ocorrendo no Brasil, AMADO, Jorge, que viveu entre 1912 e 2001, também publicou um livro em 1937, cujo livro é “Capitães da Areia”. É uma história que conta sobre os meninos de rua que foram abandonados, filhos de famílias pobres, cujo seus pais haviam morrido, ou maltratava os mesmos. Os meninos tinham comportamento de bandido, já que era a única forma de sobrevivência, além de terem comportamentos como de adultos, pois haviam aprendido com a vida serem daquele jeito.
Tinham sonhos, mas o maior desejo era se vingar dos ricos, os quais tinham tudo e eles não tinham nenhuma condição e nenhum direito como um rico tinha. A história se passa na Bahia.
Uns dos trechos do livro “Capitães da Areia” de AMADO, Jorge que mostra o comportamento dos meninos e a vingança é: “Lá em cima, na cidade alta, os homens ricos e as mulheres queriam que os Capitães da Areia fossem para as prisões. Lá embaixo, nas docas João Adão queria acabar com os ricos, fazer tudo igual, dar escola aos meninos” Cap. VII (Deus Sorri como um Negrinho), pág. 99.
“Não seriam meninos toda a vida... Bem sabia que eles nunca tinham parecido crianças. Desde pequenos, na arriscada vida da rua, os Capitães da Areia eram como homens, eram iguais a homens. Toda a diferença estava no tamanho. No mais eram iguais: amavam e derrubavam negras no areal desde cedo, furtavam para viver, como os ladrões da cidade.” Cap. XXII (Na rabada de um trem), pág. 208.
Passado 56 anos a desigualdade Social permanece no Brasil, principalmente nas regiões menos desenvolvidas e que sofreram mais com a descriminação, a falta de oportunidade e a exploração, principalmente na região nordeste. Além disso, é possível encontrar ainda pessoas que sofrem com a falta de moradia, os sem-terra é um exemplo, massacres e torturas acontecem com essas pessoas que sofrem com a pobreza, seca e falta de oportunidades e o governo infelizmente não toma nenhuma providência.
Adriana Arthuzo Barone
Reforma Agrária: uma solução para um país desigual.
A reforma agrária tem por objetivo proporcionar a redistribuição das propriedades rurais. Esse processo é realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários cuja maior parte da terra é aproveitável não é utilizada, e distribui lotes de terras para famílias que fariam melhor proveito da terra.
Conforme o Estatuto da Terra, criado em 1964, o Estado tem a obrigação de garantir o direito ao acesso à terra para quem nela vive e trabalha, porém isso não é colocado em prática pelo Estado, visto que várias famílias camponesas são expulsas do campo, tendo suas propriedades tomadas por grandes latifundiários. Tendo em vista que o conceito de equidade que deveria garantir os direitos sobre a terra também são ignorados.
A realização da reforma agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias dificuldades, entre elas podemos destacar a resistência dos grandes latifundiários, dificuldades jurídicas, além do elevado custo de manutenção das famílias instaladas nessas terras, pois essas famílias que recebem lotes de terras da reforma agrária necessitam de financiamentos com juros baixos para a compra de adubos, sementes e máquinas. Porém, é de extrema importância a realização da reforma agrária no país, proporcionando terra para a população trabalhar, aumentando a produção agrícola, redução da desigualdade social, democratização da estrutura fundiária.
As propriedades rurais destinadas para a reforma agrária podem ser obtidas pela União de duas formas: expropriação, que é a modalidade original para obtenção de terras para a reforma, e compra direta de terras de seus proprietários.
As propriedades rurais destinadas para a reforma agrária podem ser obtidas pela União de duas formas: expropriação, que é a modalidade original para obtenção de terras para a reforma, e compra direta de terras de seus proprietários.
O Movimento Sem Terra surgiu a partir da necessidade da realização da reforma agrária. Existem pessoas que integram o movimento com a intenção de obter somente um pedaço de terra enganando o governo e os próprios manifestantes. Essas pessoas não podem ser consideradas integrantes do Movimento Sem-Terra.
Nesse contexto da reforma agrária, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) exerce grande pressão para a distribuição de terras, sendo a ocupação de propriedades consideradas improdutivas sua principal manifestação, podendo assim, pressionar autoridades em busca de soluções para a questão da terra no Brasil.
Cássia , Lyssa e Sarah
Agrotóxicos: impacto ambiental no meio rural
Os agrotóxicos, nada mais é que pesticidas e insumos, a fim de combater as pragas e as larvas daninhas de uma plantação. É uma prática comum nos dias de hoje, realizada pelos agricultores.
O uso de agrotóxicos é polêmico, pois não sabe o verdadeiro beneficio, ou o malefício que esta prática pode causar. Há argumentos a favores e contra o uso de agrotóxicos.
Os argumentos mais comuns são: O uso de agrotóxicos pode aumentar a qualidade e a produção dos alimentos, mas pode causar malefícios aos consumidores, contaminação do solo e das águas.
Dimensões do risco para os agricultores e consumidores:
“Esta mais comprovada que a falta de informação dos agricultores sobre o uso indevido do agrotóxico pode ser prejudicial à saúde dos usuários. Estudos mostram que a fiscalização é inconsistente, restrita á comercialização de alguns produtos, sem qualquer preocupação com o usuário”. Os trabalhadores manuseiam os venenos trabalham sem nenhuma proteção, como botas, macacões, máscaras, capacetes, luvas e outros equipamentos. O perigo começa no próprio campo, com os agricultores que pulverizam os agrotóxicos nas lavouras. A exposição destes produtos de elevada toxidade sem a devida proteção pode ocasionar invalidez e até a morte.Como pode ser percebida, a maioria dos problemas poderiam ser solucionados com medidas relativamente simples, como educação e fiscalização. Agricultores bem informados, e com noções sobre os efeitos dos agrotóxicos saberiam aplicá-los de forma mais adequada, enquanto que a monitoria por parte de órgãos competentes garantiria os níveis corretos desses componentes, e o uso de produtos de qualidade assegurada, com composição conhecida e de acordo com normas internacionais. É citada a qualidade desses produtos, pois o tempo de meia vida dos componentes químicos nos alimentos deve ser aceitável para que este não chegue à mesa do consumidor ainda contendo produtos químicos tóxicos à saúde. O consumo de alimentos cultivados com adubos orgânicos, sementes resistentes e que utilizem um controle biológicode pragas seria o ideal. Entretanto, este tipo de agricultura não é incentivado pelo governo, o que encarece e dificulta a comercialização dos produtos. O artigo relata o fato da importância dos agrotóxicos não deixarem resíduos nos alimentos. Isso poderia ser resolvido através de investimentos em pesquisa, pois assim poderíamos gerar produtos menos nocivos, e regras mais severas quanto à indústrias que produzem agrotóxicos que não respeitam o meio ambiente e o consumidor. Devemos sempre lembrar que, conforme diz o texto, a ingestão de produtos tóxicos pode causar doenças em diversos âmbitos, desde intoxicações simples até doenças genéticas e câncer.
Fonte: Anvisa
Uso de agrotóxicos sobre bananal
Manuseio inadequado de agrotóxicos por agricultor: na imagem podemos perceber a falta de equipamentos na aplicação do produto.
Adriana, Jéssica R. e Pâmela
A questão do latifúndio: projeções históricas.
O Brasil tem pouca população a menos que a França e Portugal, em relação a quanto ele representa a mais estes países. O território é mal dividido, e mal usado. Há muito "chão" usado por poucas pessoas, e pouco "chão" usado por muitas pessoas.
Esse acontecimento vem de antes, da época das capitanias hereditárias, onde Portugal e Espanha dividiram o Brasil em dois territórios com uma linha imaginária, essa divisão se chamava Tratado de Tordesilhas. Estes pedaços de terras foram doados para nobres, e pessoas em que o rei confiava. Quem recebia as terras, eram chamados de donatários, e tinham a função de cuidar desse espaço, desenvolvendo, protegendo e administrando. Sua recompensa por cuidar destas terras, era poder extrair qualquer bem que lhe desse esse local. Os territórios eram passados de pais para filhos, dai Capitanias Hereditárias.
Era difícil a administração com a distância de Portugal, era quase impossível lidar com os ataques indígenas para a ocupação destes espaços. E apenas Pernambuco e São Vicente conseguiram progredir, enquanto todas as outras fracassaram.
Por esse motivo se criou outra forma de administrar esses territórios, o Governo de Portugal tinha a antiga função dos donatários. Apesar de por um tempo ter dado certo, depois deixou marcas: uma distribuição desigual das terras. Logo, podemos concluir que tal organização no modo de se distribuir as terras em períodos anteriores acabou gerando os latifúndios, provocando a desigualdade social no campo. Segundo uma reportagem no site da revista Veja "... Até a década passada, quase metade da terra cultivável ainda estava nas mãos de 1% dos fazendeiros, enquanto uma parcela ínfima, menos de 3%, pertencia a 3,1 milhões de produtores rurais..." (http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/reforma_agraria/contexto_1.html).
A região Nordeste, no período colonial, esteve focada na economia da cana, com trabalho escravo. O Sudeste, posteriormente, surgiu com destaque na agricultura do café. O Sul foi colonizada, principalmente, pelos imigrantes europeus, que instalaram na região grandes propriedades, resultando hoje na injusta estrutura fundiária existente. Na parte Centro-Oeste verificamos, inicialmente, relacções com a cultura cacaueira, hoje a região possui extensas áreas agropastoris, onde se destaca especialmente o arroz, o trigo, a soja e a pecuária de corte.
Cartografia: Capitanis Hereditárias
Gravura de Rugendas: Engenho de Açucar
Thaís, Mariana e Luciana
Os alimentos transgênicos
Muita gente reclama do que come sem ao menos saber o que é. Pois é o que acontece quando falamos dos alimentos transgênico, bom na verdade eles não são bichos de sete cabeças, ou quase!
Na verdade eles são tipos de alimentos criados em laboratórios (modificado geneticamente,com a recombinação gênica ),com o objetivo de melhorar,aparência dos produtos,sabor,cheiro,tamanho,fazer eles ficarem resistência à “pragas” etc.
Na verdade eles são tipos de alimentos criados em laboratórios (modificado geneticamente,com a recombinação gênica ),com o objetivo de melhorar,aparência dos produtos,sabor,cheiro,tamanho,fazer eles ficarem resistência à “pragas” etc.
Atualmente sabemos que com o uso da biotecnologia nos podemos modificar e recombinar alimentos, entre eles estão os vegetais, e ate mesmo animais. Um exemplo do uso dos transgênico em vegetais, é a manipulação em frutas em grandes plantações, onde cientistas desenvolvem a recombinação genética perfeita, para que o alimento tenha um ótimo sabor, melhor aparência, cheiro agradável e o melhor de tudo: resistência a pragas e predadores naturais. Mais um ponto positivo é que o agricultor não terá um índice de prejuízos em sua plantação, havendo um aumento de lucros “$$$$”. Mais como nem tudo é uma maravilha, à com que se preocupar com o uso de transgênicos em diferentes tipos de vegetais, com o uso desses insumos as plantas naturais poderão ser eliminada pelo processo de seleção natural, pois as modificadas serão mil vezes melhores que elas, como elas são resistentes a pragas,elas também poderão matar populações benéficas para nós seres humanos,como as abelhas,minhocas e outras espécies e até mesmo de plantas.
Bom,com todos esses fatores prós e contra,atualmente no Brasil se tem leis que estabelecem a permissão desses artefatos para melhor produção, é o caso da lei de Biosegurança que foi aprovada no Brasil em 1995.
No Brasil foram detectados 11 lotes de produtos sendo vendidos, a maioria deles contendo a soja geneticamente modificada ou o milho.
No Brasil foram detectados 11 lotes de produtos sendo vendidos, a maioria deles contendo a soja geneticamente modificada ou o milho.
Veja alguns exemplos de tais produtos: Pringles Original, da Procter & Gamble, batata frita contendo milho geneticamente modificado, Sopa Knorr, da Refinações de Milho Brasil, mistura para sopa sabor creme de milho verde contendo soja RR; Cup Noodles, da Nissin Ajinomoto, macarrão instantâneo sabor galinha contendo soja RR; etc.
Uma observação sobre a venda dos produtos transgênicos,é que a empresa da marca dos produtos que usa os transgênicos , deverá “expor” na rotulagem de tal produto o símbolo da utilização de tais transgênicos ,para que o consumidor saiba o que esta consumindo e comprando.
Uma observação sobre a venda dos produtos transgênicos,é que a empresa da marca dos produtos que usa os transgênicos , deverá “expor” na rotulagem de tal produto o símbolo da utilização de tais transgênicos ,para que o consumidor saiba o que esta consumindo e comprando.
Símbolo que deve constar nos produtos que contêm transgênico
Bruno Nogueira, Bruno Molina e Raphael
Brasil: a realidade no mundo agrário rico, as agroempresas e agroindústrias.
No setor da economia há duas diferentes concepções de empresas relacionadas à área industrial e agropecuária.
São elas as Agroempresas e as Agroindústrias.
As Agroempresas são responsáveis pelo setor de produção intensiva, onde se encontra altos investimentos, produtividade elevada e uso de maquinário avançado. Essas produções agrícolas são movimentadas por grandes círculos comerciais como a Bolsa de Valores.
Seus padrões de qualidade são elevados, tendo a sua mão de obra qualificada. Fazendo uso de insumos agrícolas e Biotecnologia para melhor atender os padrões, cada dia mais exigentes, do mrcado consumidor interno e externo (relativo ao peso, aparência, tamanho, coloração e etc.), padrões estes muitas vezes ditados pelas Agroindústrias.
As Agroindústrias por sua vez, são as indústrias do setor secundário da economia que trabalharão no beneficiamento e/ou industrialização da produção agropecuária.
Vale lembrar que, Agroempresas e as Agroindústrias estão normalmente ligadas fisicamente onde as Agroindústrias são financiadoras da Agroempresa.
Alguns exemplos deste tipo de ligação no Brasil são empresas como: Sadia, Perdigão, Aurora e etc.
Bruna, Letícia e Camila
São elas as Agroempresas e as Agroindústrias.
As Agroempresas são responsáveis pelo setor de produção intensiva, onde se encontra altos investimentos, produtividade elevada e uso de maquinário avançado. Essas produções agrícolas são movimentadas por grandes círculos comerciais como a Bolsa de Valores.
Seus padrões de qualidade são elevados, tendo a sua mão de obra qualificada. Fazendo uso de insumos agrícolas e Biotecnologia para melhor atender os padrões, cada dia mais exigentes, do mrcado consumidor interno e externo (relativo ao peso, aparência, tamanho, coloração e etc.), padrões estes muitas vezes ditados pelas Agroindústrias.
As Agroindústrias por sua vez, são as indústrias do setor secundário da economia que trabalharão no beneficiamento e/ou industrialização da produção agropecuária.
Vale lembrar que, Agroempresas e as Agroindústrias estão normalmente ligadas fisicamente onde as Agroindústrias são financiadoras da Agroempresa.
Alguns exemplos deste tipo de ligação no Brasil são empresas como: Sadia, Perdigão, Aurora e etc.
Funcionários da Sadia, sede em Toledo (PR)
Fazenda da Cutrale (indústria do setor de sucos - laranja), no interior de São Paulo
Bruna, Letícia e Camila
O sertanejo, a literatura e a migração.
Até hoje a seca no sertão nordestino é um assunto muito discutido, assim como a vida das pessoas que passam por isso e o descaso do governo brasileiro. Podemos observar esses assuntos se interligando em “Vidas Secas”, “Morte e Vida Severina”, “Capitães de Areia” e “Operário em Construção”.
O vídeo “Morte e Vida Severina” mostra a realidade de um sertanejo, que vive condicionado a seca, sem ter nenhuma perspectiva de vida nesse lugar. Como acontece na realidade e no vídeo, muitas pessoas saem do sertão fugindo da seca para tentar uma vida com mais oportunidades nas cidades, onde eles buscam o essencial para sua sobrevivência, já que o básico lhes falta no sertão.
É possível observar a realidade que o sertanejo vive, a fome, “morremos de morte igual, mesma morte severina; de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida).” (NETO, João Cabral de Melo, Morte e Vida Severina). Outro ponto que podemos colocar em questão é o descaso que o governo tem com essas pessoas. Eles tem uma vida sofrida, simples, mais não por isso tem de ser tratados de forma diferentes e deixar de receber o essencial para sua sobrevivência. Existem leis que mostram isso, mais nem sempre são respeitadas ou mesmo cumpridas pelos que mais tem dever disso, o governo! De que adianta estar escrito na Constituição : “Art. 6º São direitos sociais... a alimentação, o trabalho, a moradia.” (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.)
O sertanejo vive em condições tão precárias que ele é muitas vezes comparado a um animal, o que podemos observar no poema de Manuel Bandeira:
O Bicho
“Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida ente os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.”
Em “Capitães da Areia” vemos a vida sofrida como em “Morte e Vida Severina”. Em ambas as obras as pessoas tem que sobreviver da maneira possível para quem está em tais situações.
Em “Operário em Construção” há a esperança de que as coisas podem melhorar assim como em “Morte e Vida Severina”.
Cássia, Lyssa e Sarah
Uma mesma vida severina para todos
Ao longo de toda nossa vida, o que mais vemos, é tragédia, mortes, violência, destruições e desastres, e é por tanta coisa ruim que acabamos perdendo a graça de viver. Em vários livros, conseguimos ver o quão severina é tanto a vida quanto a morte. Sim a tristeza que carregamos da morte não é algo fácil de aguentar, mas sempre há uma luz no fim do túnel, que nos mostra o melhor. Nunca estará tudo perdido. Em Morte e vida Severina de João Cabral Neto, mesmo depois de tantas mortes que Severino presenciou, também presenciou uma vida, e esta vida lhe mostrou que não estava tudo perdido. Temos como exemplo também, estes acontecimentos, de desabamento, e terremotos, chuvas, em um trecho do livro O Cortiço “O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas...” (AZEVEDO, Aluísio “O cortiço” cap. 17) podemos ver que há perdas, como na vida real, e não há coisa mais triste que isso, Mas também não há felicidade maior, de saber que tem gente que ainda se importa com os outros, e que ajudam as pessoas, quando podem, e até mesmo quando não podem. Vendo e comparando o mundo de hoje e de antes, estamos até em sorte, pois estamos mais solidários.
Isso também acontece no livro Vidas Secas, “Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se agüentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentavam reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas. “Tinham deixado os caminhos, cheios de espinho e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés. [...] distraiu-se olhando os xiquexiques e os mandacarus que avultavam na campina. Um mormaço levanta-se da terra queimada.
Estremeceu, lembrando-se da seca, o rosto moreno desbotou, os olhos pretos arregalaram-se...” (RAMOS, Graciliano ‘Vidas secas’), como podemos ver neste trecho. Mas neste caso não é só um homem e sim uma família inteira que vai a busca de uma cidade onde a seca ainda não tenha chegado. Enquanto eles procuravam por um lugar seguro para viver, passaram por sérias dificuldades até chegar ao destino desejado. Passaram fome e até para chegar mais rápido quase deixa seu filho mais novo para trás.
“O Sertanejo é antes de tudo, um forte” (CUNHA, Euclides “Os Sertões”) nesta frase Euclides quer dizer que o sertanejo tem capacidade de sair do lugar onde mora para procurar uma cidade onde ele não passe fome e onde ele arranje um emprego que possa se sustentar, e sustentar sua família. Ele tem que ser forte o suficiente para superar o que “vier pela frente”.
A vida é severina para todos, pra uns mais pra outros menos, a morte é para todos, mas a resignação, só alguns conseguem ter.
THAIS, MARIANA E LUCIANA
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